Eu sei bem do que ele ta falando pois na rua onde minhas crias estudam tem 2 faculdades e "trocentos" botecos!!!!
Vejo do que essa molecada e capaz de fazer....só coisa ruim...nada que vale a pena.
E pensar que desse "povinho mediocre" vai depender nosso futuro ... ao consultar um médico, advogado, engenheiro e tantos outros profissionais importantes ao bom desenvolvimento da nossa sociedade.
Ainda tenho dois filhos em idade escolar ( 11 e 9 anos) e rezo a Deus, todos os dias, para que eles façam parte dessa PEQUENA parte de gente COM NOÇÃO. Que não passa pela vida só se drogando, se matando e matando os outros.
A MOÇA, A SAIA, A FACULDADE
SÃO PAULO (é o fim) – Fiz faculdade entre 1982 e 1985. Faculdade de riquinho, FAAP. Não havia sinal de movimento estudantil ali. Na verdade, com o fim da ditadura, a eleição de Tancredo e a perspectiva de diretas em 1989, o movimento estudantil se enfraqueceu e, sendo bem sincero, foi sumindo aos poucos. Minha atividade mais próxima da subversão foi vender sanduíches naturais para arrecadar dinheiro para uma festa das Diretas.Hoje, as entidades representativas dos estudantes servem para emitir carteirinhas para a turba pagar meia-entrada em shows e no cinema. Sem um inimigo claro, que no caso das gerações imediatamente anteriores à minha era o governo militar, ficamos sem ter do que reclamar. Porque, no fundo, por conta da politização desses movimentos todos, a questão educacional foi colocada de lado por muitos anos, e deixou de ser prioridade.Já como repórter, cheguei a cobrir algumas confusões na USP na segunda metade dos anos 80. Sem querer simplificar demais, mas recorrendo ao que minha memória me permite lembrar, o tema central era o aumento do preço do bandeijão nos refeitórios da universidade. Deu greve e tudo. Muito pouco. Ainda mais porque, como se sabe, boa parte dos que conseguem chegar à USP vêm de escolas particulares, e o preço do bandeijão não chegava a afetar seriamente o orçamento de ninguém.O caso dessa moça de minissaia da Uniban poderia ser um bom motivo para despertar algum tipo de reação na molecada. De repúdio aos que ofenderam a menina, de reflexão sobre os rumos da universidade, de protesto contra sua expulsão, de perplexidade com o recuo da reitoria por razões obviamente mercantis.Reitoria… Era palavra respeitada, antigamente. Hoje, os reitores dessas espeluncas mal falam português. A transformação do ambiente universitário em quitandas que vendem diplomas é assustadora. E os estudantes são coniventes. Não exigem ensino de qualidade, compromisso com a educação, porra nenhuma. Querem se formar logo, se possível pagando pouco, e dane-se o mundo.Fico espantado ao observar como pensa e age essa juventude urbana entre 20 e 25 anos. São fascistóides, hedonistas, individualistas, retardados ao cubo. Basta ver o perfil da menina da minissaia no Orkut. Uma completa debilóide, mas nada diferente, tenho certeza, de seus colegas de faculdade (vejam as “comunidades” às quais ela pertence; coisas como “Gosto de causar, e daí?”, “Sou loira sim, quem me aguenta?”, “Para de falar e me beija logo”, coisas do tipo). O que, evidentemente, não dá a ninguém o direito de fazer o que fizeram com ela. Até porque são todos iguais, idênticos, tontos, despreparados, sem noção.Aí a Uniban expulsa a menina, dizendo que os alunos que a chamavam de “puta” e queriam bater na coitada estavam “defendendo o ambiente escolar”. Puta que pariu! Como é que pode? Como podem adultos, “educadores”, que teoricamente têm um pouco mais de neurônios em funcionamento, reduzirem a questão a isso? E criticarem a menina porque ela se veste assim ou assado, anda rebolando, “se insinua”?Pior: muitos, mas muitos mesmo, alunos defenderam a expulsão. Acham que a menina é uma vagabunda que provoca os colegas. Bando de animais, intolerantes, sádicos, hostis, agressivos. Eu nunca deixaria um filho meu estudar numa universidade frequentada por esse tipo de gente e dirigida por cretinos do naipe dos que assinaram a expulsão e, depois, revogaram-na sem revelar o motivo — aquele que nunca será admitido, o prejuízo à imagem dessa porcaria de empresa, sim, empresa, e das mais lucrativas, porque chamar um negócio desses de “universidade” é desmoralizar a palavra.O Brasil está fodido com essas gerações que vêm por aí. Um caso desses, que poderia trazer à tona discussões importantes sobre o comportamento dos jovens, suas angústias, seus rumos, resume-se ao tamanho da saia da moça e ao seu comportamento “inadequado”, seja lá o que for isso. A educação, neste país, tem sido negligenciada de forma criminosa há décadas. O governo poderia começar a limpar a área por essas fábricas de diploma, que surgem aos montes sem que ninguém se preocupe com o tipo de gente que está à frente delas.O que se vê hoje, graças a essas faculdades privadas de esquina, sem história e princípios, é uma população cada vez maior de “nível superior” sem nível algum. Um desastre completo. Gente que não pensa, não argumenta, não lê, não raciocina coletivamente, se comporta como gado raivoso, passa o dia punhetando no Orkut e no MSN, escreve “aki”, “facu”, “xurras”, “naum”, “huahsuahsua”, um bando de tontos desperdiçando os melhores anos de suas vida com uma existência vazia, um vácuo intelectual, sob o olhar perplexo de gerações, como a minha, que um dia sonharam em fazer um mundo melhor e, definitivamente, não conseguiram.Somos todos culpados, no fim. Me incluo.
2 comentários:
Eu concordo com todo o texto, não deixo de concordar com nada, mas eu sempre achei e continuarei achando que há uma generalização muito grande quando se fala da juventute hoje em dia. Só se sabe falar que a juventude é podre, é vagabunda, é burra, desinteressada e nunca se ouve falar as coisas boas que essa nova geração está criando, afinal de contas são esses jovens dessa geração podre citada no texto que primeiro levantou os problemas de mudanças climáticas. São esses jovens que saem nas ruas distribuindo panfletos explicativos sobre o aquecimento global.
Concordo que os tempos mudaram e que muita coisa evoluiu, mas nunca vi um texto elogiando o que os jovens conseguiram integrar com a integração social e digital.
Não sei se vão me entender, com certeza vão falar (agora) que os podres são apenas "uma parte" do problema, mas muito me desagrada ler um texto desse e ver que pouco adianta se eu estou estudando para ser alguém na vida, já que estou vivendo no meio da geração problema...
Sei lá.
Oi Márcia,
Estava com saudades! Ando com pouco tempo para internet...
Li o texto que vc postou... as vezes me sinto meio perdida com a educação das minhas filhas. São tantas más influências externas que fica difícil... Peço a Deus todos os dias que me ajude a vencer esta batalha.
Bjs,
Giovana
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